Resumo
INTRODUÇÃO: A Enfermagem tem participação ativa no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), assumindo, em conjunto com a equipe multiprofissional, a responsabilidade em prestar assistência qualificada às vítimas. Porém, os profissionais que atuam nesse serviço vivem em extrema pressão e são submetidos a uma carga emocional que pode afetar o seu equilíbrio biopsicológico e sua qualidade de vida.
OBJETIVO: Avaliar a qualidade de vida da equipe de Enfermagem do atendimento pré-hospitalar.
MÉTODO: Estudo descritivo e transversal com abordagem quantitativa realizado no período de abril a junho de 2017 no SAMU, localizado na região Noroeste do estado do Ceará, no Brasil. A população-alvo foi representada pelos profissionais da equipe de enfermagem do SAMU, que é composta de oito enfermeiros e 11 técnicos de enfermagem. Para coleta de dados, foi utilizado instrumento contendo duas escalas de avaliação da qualidade de vida, a escala Flanagan e o The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref).
RESULTADOS: Pela escala de Flanagan, os piores domínios estão relacionados ao bem-estar físico e material e as atividades sociais. Pelo WHOQOL-bref, os domínios que apresentaram menores médias de escores foram o físico, o meio ambiente e a autoavaliação da qualidade de vida.
CONCLUSÃO: Foi possível identificar que, na equipe de enfermagem atuante no SAMU, há predomínio de mulheres, casadas e com idade média de 37 anos, as quais possuíam titulação mínima de graduação e carga horária semanal de trabalho de 71,88 horas (±17,50), possibilitando reflexões para a necessidade de implementação de ações que possibilitem uma melhor qualidade de vida para esses profissionais.
Palavras-chave: qualidade de vida; saúde; assistência pré-hospitalar.