Resumo
INTRODUÇÃO: Devido à maior susceptibilidade à contaminação pelo vírus da hepatite B em virtude do risco ocupacional, trabalhadores(as) da saúde necessitam de cuidado especial. Entretanto, estudos prévios constataram que nem todos os profissionais apresentavam esquema vacinal completo para hepatite B, como é preconizado pelo Ministério da Saúde.
OBJETIVOS: Analisar os fatores associados à vacinação completa para hepatite B e avaliar resposta sorológica pós-vacinação entre trabalhadores(as) da saúde.
MÉTODOS: Estudo transversal, realizado no município baiano de Santo Antônio de Jesus, cuja amostra foi composta por 453 trabalhadores(as) da saúde da Atenção Primária à Saúde e da média complexidade.
RESULTADOS: A prevalência de vacinação completa para hepatite B entre trabalhadores(as) da saúde foi de 56,9%. No modelo final de análise, as variáveis associadas à prevalência de vacinação completa para hepatite B foram: trabalhar no nível da Atenção Primária à Saúde (razão de prevalência = 1,31; IC95% 1,04-1,65) e preparo ou administração de medicamentos (razão de prevalência = 3,53; IC95% 2,17-5,74). Daqueles(as) que relataram o recebimento das três doses da vacina para hepatite B, 88,4% realizaram a testagem de anticorpos circulantes no sangue, e cerca de 72% estavam imunes ao vírus da hepatite B.
CONCLUSÕES: O conhecimento proporcionado pela rotina na Atenção Primária à Saúde e o reconhecimento do risco ocupacional estava associado à melhor adesão à vacina para hepatite B entre trabalhadores(as) da saúde. Quase um terço dos(as) trabalhadores(as) que receberam as três doses da vacina para hepatite B não estava imunizado, reforçando a necessidade da realização do exame anti-HBs.
Palavras-chave: vacinação; hepatite B; pessoal de saúde; sorologia.