Nayara Ribeiro Gomes1; Caroline Castro de-Assis-Santos2; Bárbara Antunes Rezende1; Adriane Mesquita de-Medeiros1,2
DOI: 10.47626/1679-4435-2022-1014
RESUMO
O objetivo do presente estudo é analisar as evidências científicas sobre as associações entre os fatores psicossociais do trabalho e o adoecimento de professores. Desenvolveu-se uma revisão sistemática da literatura de acordo com a declaração PRISMA, nos bancos de dados Portal Biblioteca Virtual em Saúde, Medical Literature Analysis and Retrieval System Online, Cumulative Index of Nursing and Allied Health Literature, Scopus, Web of Science, PsycINFO e Excerpta Medica Database, em idioma português, inglês e espanhol e publicados nos últimos 10 anos. Foram identificados 861 estudos, dos quais 15 preencheram os critérios de seleção e foram incluídos na revisão. Onze estudos (73,3%) utilizaram instrumentos validados para avaliação dos fatores psicossociais, sendo o Job Content Questionnaire o mais citado. Os resultados indicam que o baixo apoio social, carga elevada de trabalho, alta demanda e baixo controle sobre o trabalho foram os fatores mais investigados e com presença de significância estatística quanto a associação com o adoecimento de professores.
Palavras-chave: professores escolares; doenças profissionais; impacto psicossocial; condições de trabalho; saúde ocupacional.
ABSTRACT
The aim of the present study is to analyze scientific evidence about associations between psychosocial factors at work and teachers’ illness. A systematic literature review based on the PRISMA statement was conducted. Biblioteca Virtual em Saúde, Medical Literature Analysis and Retrievel System Online, Cumulative Index of Nursing and Allied Health Literature, Scopus, Web of Science, PsycINFO, and Excerpta Medica Database databases were searched. Articles in Portuguese, English and Spanish, published in the past 11 years, were of interest. In total, 861 articles were identified, but only 15 of them met all the eligibility criteria and were included in the review. Eleven articles (73.3%) used validated instruments to assess psychosocial factors, and the Job Content Questionnaire was the most cited one. Low social support, heavy workload, high job demands, and low job control were the most commonly investigated factors and showed statistically significant associations with teachers’ illness.
Keywords: schoolteachers; occupational diseases; psychosocial impact; working conditions; occupational health.
INTRODUÇÃO
A Organização Internacional do Trabalho (OIT)1 define como fatores psicossociais do trabalho os referentes às interações entre o ambiente e o conteúdo do trabalho – fatores e habilidades organizacionais e características individuais do trabalho – que podem influenciar negativamente a saúde e a satisfação dos indivíduos com seus empregos. Vale ressaltar que, para entender melhor esse conceito, também devemos levar em consideração as percepções e experiências individuais de trabalho influenciadas pelo cenário social e econômico1.
A tarefa de ensinar tem valor afetivo na profissão docente2. Ambientes com clima organizacional positivo têm maiores condições de promover a sensação de bem-estar. Entretanto, a satisfação profissional pode ser influenciada por diferentes fatores da rotina de trabalho, como participação na tomada de decisões, autonomia, apoio social, remuneração, entre outras condições de trabalho3.
Dados epidemiológicos sobre o adoecimento e afastamento de professores por questões de saúde têm demonstrado que as morbidades frequentemente observadas nessa população estão ligadas à saúde mental, física e vocal4,5. As demandas psicológicas, como o baixo controle e a falta de apoio social, causam angústia e prováveis danos à saúde dos trabalhadores; além disso, podem assumir diferentes significados para os grupos da população trabalhadora em seus contextos culturais, sociais e ocupacionais. A literatura também evidenciou que o apoio social tem uma influência positiva sobre a saúde dos indivíduos e sua satisfação com o trabalho6.
Considerando-se a importância da inclusão de fatores psicossociais ao rol de fatores desencadeantes e agravantes ao desenvolvimento de doenças, faz-se necessário compreender melhor os fatores que influenciam negativamente a saúde de professores. Com base nessa abordagem, a revisão da literatura pode contribuir para o conhecimento científico ao avaliar os aspectos psicossociais do trabalho que desencadeiam o adoecimento de professores.
Consequentemente, os resultados da presente revisão podem contribuir na orientação de futuras melhorias nas condições de trabalho e na elaboração de práticas voltadas aos professores, a fim de evitar prejuízos à saúde desses trabalhadores. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi analisar evidências científicas sobre associações entre fatores psicossociais do trabalho e o adoecimento de professores.
MÉTODOS
Revisão sistemática da literatura de artigos sobre fatores psicossociais do trabalho e adoecimento de professores publicados nos últimos 11 anos (2011-2021). O protocolo do estudo foi registrado no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), sob o número CRD42021234983. Seguiram-se as recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA)7, as quais foram adotadas para elaborar esta revisão.
CRITÉRIOS DE SELEÇÃO
Os critérios utilizados para a seleção de artigos foram os seguintes I - ser publicado em português, inglês ou espanhol; II - ter investigado fatores psicossociais do trabalho; III - ter como população avaliada professores que atuam em qualquer nível de ensino, exceto no ensino superior; IV - ter avaliado a presença de morbidades em professores; V - ter seu texto totalmente disponível para acesso.
Foram excluídos da revisão estudos de metodologia qualitativa, revisões de artigos, editoriais, opiniões, comentários, dissertações e teses em repositórios e artigos que apresentavam qualidade metodológica classificada como “fraca” pela ferramenta Quality Assessment Tool for Quantitative Studies (QATQS)8.
ESTRATÉGIA DE BUSCA BIBLIOGRÁFICA
Foram consultados os seguintes bancos de dados eletrônicos: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline), Cumulative Index of Nursing and Allied Health Literature (Cinahl), Scopus, Web of Science (WoS), PsycINFO e Excerpta Medica Database (Embase). A estratégia de busca usou descritores selecionados combinados (Descritores em Ciências da Saúde/Medical Subject Headings [DeCS/MeSH]) que estão descritos no Quadro 1. As buscas eletrônicas começaram em fevereiro e terminaram em abril de 2021.
SELEÇÃO DE ESTUDOS
Após remover as publicações duplicadas no primeiro estágio, realizou-se a triagem inicial através da leitura de todos os títulos e resumos para selecionar os que atendiam aos critérios de seleção. Posteriormente, os artigos selecionados foram lidos na íntegra para extrair os seguintes dados: autores, ano de publicação, país em que o estudo foi realizado, características da amostra, fatores psicossociais investigados, instrumento de avaliação dos fatores psicossociais, principais achados, desfechos de saúde e avaliação da qualidade metodológica.
AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO ESTUDO
Os dados coletados foram registrados e organizados em um banco de dados do Excel. Todos os processos de seleção nesta revisão foram independentes e realizados por pares. As divergências foram resolvidas consensualmente e, quando não foi possível decidir, ela foi avaliada por um terceiro pesquisador.
A qualidade metodológica dos artigos selecionados foi analisada individualmente e de forma independente por dois avaliadores. Utilizou-se na análise a ferramenta Quality Assessment Tool for Quantitative Studies (Instrumento de avaliação da qualidade metodológica de estudos quantitativos sobre intervenções em saúde, QATQS), desenvolvida pelo grupo de pesquisa Effective Public Health Practice Project (EPHPP)8.
A QATQS apresenta 22 itens que são divididos em oito blocos - rotulados de A a H – nos quais se avaliam os seguintes itens: A. viés de seleção dos participantes; B. delineamento do estudo; C. controle de fatores de confusão; D. condição cega dos avaliadores e participantes; E. metodologia de coleta de dados; F. perda amostral; G. integridade da intervenção; e H. análise de dados. Cada bloco pode ser classificado como 1- forte (nenhuma classificação fraca), 2- moderado (uma classificação fraca) ou 3- fraco (duas ou mais classificações fracas). Ao final do processo de avaliação, é encontrado um índice global que classifica o estudo com base em uma das categorias.
RESULTADOS
A estratégia de busca resultou em 861 estudos nos bancos de dados pesquisados; depois de aplicados os critérios de seleção, restaram apenas 15 artigos para a revisão. A Figura 1 mostra o fluxograma do processo de seleção de artigos. Os estudos da presente revisão encontram-se distribuídos nos continentes europeu (n = 5)9-13, asiático (n = 3)14-16, africano (n = 2)17,18, Oceania (n = 1)19, norte-americano (n = 1)20 e sul-americano (n = 3)21-23.
Todos os artigos qualificados seguiram o desenho de corte transversal; a maioria deles incluía docentes do sexo feminino em suas amostras. Os manuscritos incluídos foram publicados entre 2011 e 2021, e o inglês foi o idioma de publicação predominante. De acordo com os critérios de avaliação do instrumento QATQS/EPHPP8, foi possível observar que a qualidade de quase todos os artigos foi classificada como “moderada” (n = 15)9-23.
Entre as causas de adoecimento de professores, encontram-se os transtornos mentais comuns (TMC) – ansiedade, depressão e sofrimento emocional (53,3% n = 8) 9,10,12-14,19-21, dor musculoesquelética (DME) – dor na região lombar, ombros, braços, pernas (26,7% n = 4)15,17,18,23 e síndrome de burnout (6,6% n = 1)22. Outros dois estudos identificaram a associação de depressão e síndrome de burnout (6,6% n = 1)11 à depressão e DME (6,6% n = 1)16.
Os fatores psicossociais associados ao adoecimento de professores apontados nos estudos selecionados registraram baixo apoio social12,13,16-18,21, baixo controle do trabalho12,16,17,20,23, elevada carga de trabalho9,11,14,15,21,22, alta demanda no trabalho13,17,23, clima organizacional11,19, ambiguidade de funções14,21, desequilíbrio entre esforço e recompensa11, baixo apoio familiar14, relação professor-aluno10 e assédio no local de trabalho12.
Utilizaram-se diferentes instrumentos para avaliar os aspectos psicossociais. Observou-se que o Job Content Questionnaire (JCQ) foi adotado em cinco estudos (33,3%)12-14,17,23 e que dois estudos usaram a Unidad de Investigación Psicosocial de la Conducta Organizacional (UNIPSICO) (13,3%)21,22. Também foram citados outros instrumentos validados nos artigos (26,7%; n = 4) 9,11,16,19, conforme mostra a Tabela 1. Os demais estudos (26,7%; n = 4)10,15,18,20 utilizaram instrumentos não validados, como questionários desenvolvidos exclusivamente para uma determinada pesquisa e informações coletadas em bancos de dados secundários.
Apenas uma publicação (6,6%)17 não apresentou associação estatística significativa entre os fatores de controle de demanda e apoio social e o adoecimento de professores. As características gerais de qualidade metodológica dos estudos e publicações incluídos na presente revisão estão descritas na Tabela 1.
DISCUSSÃO
Evidências científicas apontam para uma associação entre os fatores psicossociais do trabalho e o adoecimento de professores. Predominaram na amostra estudos que constataram a presença de adoecimento mental e físico entre professores que relataram baixo apoio social, sobrecarga de trabalho, alta demanda e menor controle no trabalho. O maior número de publicações foi observado em 201912,16,18,20,22; o Brasil foi o país que apresentou o maior número de estudos nessa área21-23.
Os resultados de diferentes países reforçam a relevância de reconhecer os fatores psicossociais do trabalho relacionados ao adoecimento de professores. Observou-se a diversidade de definições de fatores psicossociais e um grande número de instrumentos de coleta de dados utilizados, a maioria deles validados. Vale ressaltar que o uso de instrumentos validados permite identificar resultados mais consistentes acerca do que se deseja mensurar e abre espaço para comparações entre os resultados de diversos estudos.
Com base na presente revisão, o baixo apoio social, a carga de trabalho intensa, a alta demanda e o baixo controle no trabalho estão associados à presença de transtornos mentais9,13,16,19-21, DME15,17,18,23 e síndrome de burnout11,22.
O apoio social é indicativo da qualidade do ambiente social no trabalho, do relacionamento entre funcionários e gestores, bem como entre colegas de trabalho24. De acordo com Araújo & Karasek6, esse aspecto passou a ser avaliado dentro do modelo demanda-controle, com base na proposição de Johnson & Hall25; é apontado como importante mediador entre os efeitos de demanda e controle e os impactos na saúde dos trabalhadores.
Dessa forma, nossos resultados reforçam esses dados ao evidenciar que a falta de apoio social está associada à DME, aos sintomas de depressão e ao desgaste profissional. No entanto, é importante ressaltar que os professores que têm apoio no trabalho têm esses efeitos prejudiciais minimizados, e isso aumenta a sensação de bem-estar no ambiente de trabalho26-28.
Esse resultado é pertinente ao debate, pois revela a importância desse apoio no trabalho docente, seja de colegas ou de gestores e colegas de trabalho. Assim, esse achado nos permite direcionar e sugerir práticas que possam contribuir para lidar com a falta de tempo para atualização, preparação de aulas, correção de atividades, discussão de planejamento com os colegas, além das demandas administrativas da escola, situações sociais relativas aos estudantes e condições precárias de trabalho.
Frutuoso & Cruz29 definem carga de trabalho como uma relação de tensão permanente entre as exigências do trabalho e a capacidade física e psicológica dos trabalhadores para cumpri-las. É evidente que o trabalho intenso ligado ao magistério não se limita ao número de horas de trabalho na escola, mas a outras características do trabalho que os professores devem realizar fora da sala de aula30, resultando em desgaste físico e mental devido a fatores de trabalho31.
Ao longo do tempo, as mudanças no processo de ensino devido às reformas educacionais têm causado transformações importantes na atuação dos professores32. As exigências do contexto social, o rendimento devido às demandas pedagógicas e gerenciais e a responsabilidade pelo desempenho dos estudantes e da escola são alguns dos fatores que influenciam a sobrecarga de trabalho.
A alta demanda no trabalho percebida pelos professores está intimamente relacionada aos baixos níveis de saúde mental13 e à alta prevalência de DME.23 As relações sociais e profissionais, juntamente com as responsabilidades e os compromissos além dos aspectos organizacionais do trabalho, são elementos determinantes nas condições de saúde dos professores. Quando o trabalho permeia o ambiente e as funções da escola, os horários são desconsiderados e, portanto, a vida cotidiana se torna mais exaustiva.
Esses achados nos fazem repensar a importância de equilibrar as atividades com base na carga de trabalho dos professores, a fim de garantir que eles tenham tempo suficiente para realizá-las. É necessário racionalizar o tempo de trabalho/descanso, eliminar cargas excessivas de trabalho fora da sala de aula e promover a atualização da formação acadêmica e o uso de novas tecnologias. Dessa forma, é possível evitar o acúmulo de tarefas que levam aos TMCs e a outras doenças vivenciadas por professores, como depressão e ansiedade.
O controle sobre o trabalho está relacionado à capacidade dos trabalhadores de serem autônomos na tomada de decisões sobre suas próprias atividades. A literatura33 aponta para uma associação entre demanda e controle no trabalho, revelando que indivíduos expostos a altas demandas e baixo controle apresentam maior exaustão emocional e queixas relacionadas à insatisfação com o trabalho.
Na presente revisão, Jones-Rincon & Howard20 e Ng et al.16 afirmaram que o baixo controle está intimamente relacionado a distúrbios de ansiedade e DME em professores. Pode-se supor que o excesso de trabalho do docente pode levá-lo a se dedicar a algumas tarefas consideradas coerentes com o tempo que tem para realizá-las, reduzindo o controle sobre o próprio trabalho com consequentes sintomas físicos e psicológicos diante desse conflito.
Embora ainda sejam pouco discutidos na literatura, fatores psicossociais como clima organizacional11,19, recompensa pelo esforço9, apoio familiar14, relacionamento professor-aluno11 e assédio no trabalho12 foram associados ao adoecimento de professores nesta revisão. Muitos desses profissionais também relatam a falta de reconhecimento por seu trabalho e o fato de trabalharem em ambientes onde são até mesmo ameaçados fisicamente. Vale ressaltar que a perda do sentido do trabalho, que tem impacto na desvalorização profissional e no abandono profissional34,35, está entre as consequências da agressão psicológica sofrida pelos professores36.
É importante destacar algumas limitações da presente revisão, como, por exemplo, a falta de estudos com alta qualidade metodológica, baseados no QATQS.
Embora o desenho transversal não nos permita inferir causa e efeito entre as variáveis avaliadas, o conhecimento aqui proporcionado permite observar e repensar a importância de conhecer os fatores que contribuem para o adoecimento nesse grupo para fins de vigilância sanitária.
As avaliações foram realizadas por dois pesquisadores, de forma anônima e independente, com o objetivo de minimizar todos os vieses de seleção e classificação na presente revisão. Vale ressaltar que, embora os pesquisadores tenham usado combinações e descritores para a busca bibliográfica, artigos relacionados ao tópico de interesse podem não ter sido alcançados pela estratégia de busca adotada.
Um exemplo do fator mencionado acima diz respeito aos distúrbios de voz relacionados ao trabalho (DVRT), que é um dos problemas mais prevalentes entre os professores, mas não foi abordado em nenhum dos artigos selecionados37.
Em face às evidências aqui apresentadas, sugerimos a realização de novos estudos, com base em diferentes desenhos de pesquisa, voltados para a identificação de fatores psicossociais e de agravamento da condição de saúde dos professores. Dessa forma, seria possível propor medidas e ações relacionadas à organização do trabalho, ao apoio social – tanto dos gestores quanto dos colegas de trabalho –, bem como ao aprimoramento do relacionamento com os pais dos estudantes e com os próprios estudantes, de forma mais efetiva e ampla.
CONCLUSÕES
Nos últimos anos, a investigação sobre os aspectos psicossociais do trabalho e da saúde de professores tem se ampliado. O adoecimento mental, a DME e a síndrome de burnout estão associados ao baixo apoio social, à carga de trabalho intensa, às altas demandas no trabalho, ao baixo controle do trabalho, ao clima organizacional, à ambiguidade de papéis, ao baixo apoio familiar, às demandas relacionais entre professores, pais e estudantes, ao assédio e à segurança no trabalho.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), pela bolsa de doutorado concedida à autora NRG.
REFERÊNCIAS
1. International Labour Organisation (ILO). Psychosocial factors at work: recognition and control. Report of the Joint ILO/WHO Committee on Occupational Health. Ninth Session, Geneva, 18-24 September 1984. Geneva: ILO/WHO; 1986 [cited 2023 Jul. 21]. Available from: http://www.ilo.org/public/libdoc/ilo/1986/86B09_301_engl.pdf
2. Ronit B, Nir AE. The importance of teachers’ perceived organizational support to job satisfaction What’s empowerment got to do with it? J Educ Adm. 2012;50(3):287-306.
3. Alves MG, Azevedo NR, Gonçalves TNR. Satisfação e situação profissional: um estudo com professores nos primeiros anos de carreira. Educ Pesqui. 2014;40(2):365-81.
4. Araújo TMD, Carvalho FM. Condições de trabalho docente e saúde na Bahia: estudos epidemiológicos. Educ Soc. 2007;30(107):427-49.
5. Medeiros AM, Vieira MT. Work absenteeism due to voice disorders in Brazilian schoolteachers. Cad Saude Publica. 2019;35(Suppl 1):e00171717.
6. Araújo TM, Karasek R. Validity and reliability of the job content questionnaire in formal and informal jobs in Brazil. Scand J Work Environ Health. 2008;34(6):52-9.
7. Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, Boutron I, Hoffmann TC, Mulrow CD, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews. BMJ 2021;372:n71.
8. Effective Public Healthcare Panacea Project. Quality assessment tool for quantitative studies. [cited 2023 Jul. 21] Available from: https://www.ephpp.ca/quality-assessment-tool-for-quantitative-studies
9. Hinz A, Zenger M, Brähler E, Spitzer S, Scheuch K, Seibt R. Effort-reward imbalance and mental health problems in 1074 German teachers, compared with those in the general population. Stress Health. 2016;32(3):224-30.
10. Harding S, Morris R, Gunnell D, Ford T, Hollingworth W, Tilling K, et al. Is teachers’ mental health and wellbeing associated with students’ mental health and wellbeing? J Affect Disord. 2019;242:180-7.
11. Baka Ł. Does job burnout mediate negative effects of job demands on mental and physical health in a group of teachers? Testing the energetic process of Job Demands-Resources model. Int J Occup Med Environ Health. 2015;28(2):335-46.
12. Malinauskiene V, Malinauskas R, Malinauskas M. Leisure-time physical inactivity and psychological distress in female-dominated occupations in Lithuania. Women Health. 2019;59(1):28-40.
13. Borrelli I, Benevene P, Fiorilli C, D’Amelio F, Pozzi G. Working conditions and mental health in teachers: A preliminary study. Occup Med. 2014;64(7):530-2.
14. Nakada A, Iwasaki S, Kanchika M, Nakao T, Deguchi Y, Konishi A, et al. Relationship between depressive symptoms and perceived individual level occupational stress among Japanese schoolteachers. Ind Health. 2016;54(5):396-402.
15. Ehsani F, Mohseni-Bandpei MA, Fernández-De-Las-Peñas C, Javanshir K. Neck pain in Iranian school teachers: Prevalence and risk factors. J Bodyw Mov Ther. 2018;22(1):64-8.
16. Ng YM, Voo P, Maakip I. Psychosocial factors, depression, and musculoskeletal disorders among teachers. BMC Public Health. 2019;19(1):234.
17. Erick PN, Smith DR. Low back pain among school teachers in Botswana, prevalence and risk factors. BMC Musculoskelet Disord. 2014;15:359.
18. Elias HE, Downing R, Mwangi A. Low back pain among primary school teachers in Rural Kenya: Prevalence and contributing factors. African J Prim Heal Care Fam Med. 2019;11(1):e1-7.
19. Garrick A, Winwood PC, Mak AS, Cathcart S, Bakker AB, Lushington K. Prevalence and organisational factors of psychological injury among Australian school teachers. Australas J Organ Psychol. 2014;7:e5.
20. Jones-Rincon A, Howard KJ. Anxiety in the workplace: A comprehensive occupational health evaluation of anxiety disorder in public school teachers. J Appl Biobehav Res. 2019;24(1):e12133.
21. Carlotto MS, Câmara SG. Prevalence and risk factors of common mental disorders among teachers. Rev Psicol Trab Org. 2015;31(3):201-6.
22. Carlotto MS, Câmara SG. Prevalence and predictors of burnout syndrome among public elementary school teachers. Anal Psicol. 2019;37(2):135-46.
23. Cardoso JP, Araújo TM, Carvalho FM, Oliveira NF, Reis EJFB. Aspectos psicossociais do trabalho e dor musculoesquelética em professores. Cad Saude Publica. 2011;27(8):1498-506.
24. Moreira DZ, Rodrigues MB. Saúde mental e trabalho docente. Estud Psicol. 2018;23(3):236-47.
25. Johnson JV, Hall EM. Job strain, work place social support, and cardiovascular disease: a cross-sectional study of a random sample of the Swedish working population. Am J Public Health. 1988;78(10):1336-42.
26. Birolim MM, Mesas AE, González AD, Santos HG, Haddad MCFL, Andrade SM. Trabalho de alta exigência entre professores: associações com fatores ocupacionais conforme o apoio social. Cienc Saude Colet. 2019;24(4):1255-64.
27. Camada IM, Araujo TM, Porto LA. Trabalho docente e saúde mental: a importância do apoio social. Cad Educ. 2016;(54):81-97.
28. Glina DMR, Rocha LE. Saúde mental no trabalho: da teoria à prática. Rev Bras Saude Ocup. 2010;35(122):303-4.
29. Frutuoso JT, Cruz RM. Mensuração da carga de trabalho e sua relação com a saúde do trabalhador. Rev Bras Med Trab. 2005;3(1):29-36.
30. Garcia MMA, Anadon SB. Reforma educacional, intensificação e autointensificação do trabalho docente. Educ Soc. 2009;30(106):63-85.
31. Gasparini SM, Barreto SM, Assunção AA. Prevalência de transtornos mentais comuns em professores da rede municipal de Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil. Cad Saude Publica. 2006;22(12):2679-91.
32. Brasil, Presidência da República, Casa Civil, Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Diário Oficial da União; 1996 [citado em 21 jul. 2023]. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
33. De Jonge J, Dollard MF, Dormann C, Le Blanc PM, Houtman ILD. The Demand-Control Model: specific demands, specific control and well-defined groups. Int J Stress Manag. 2000;7(4):269-87.
34. Souza KOJ. Violência em escolas públicas e a promoção da saúde: relatos e diálogos com alunos e professores. Rev Bras Promoç Saude. 2012;25(1):71-9.
35. Scheibe L. Valorização e formação dos professores para a educação básica: questões desafiadoras para um novo plano nacional de educação. Educ Soc. 2020;31(112):981-1000.
36. Castro REF, Souza MA. Efeitos da agressividade infantil para o sofrimento psíquico de professores em diferentes momentos de carreira. Estud Psicol. 2012;17(2):265-73.
37. Masson LM, Ferrite S, Pereira LMA, Ferreira LP, Araújo TM. Em busca do reconhecimento do distúrbio de voz como doença relacionada ao trabalho: movimento histórico-político. Cienc Saude Colet. 2019;24(3):805-16.
Contribuições dos autores: NRG foi responsável pela concepção, metodologia do estudo, análise formal e tratamento de dados, redação – esboço original e revisão & edição do artigo. CCAS participou da investigação, da análise formal e da metodologia do estudo. BAR foi responsável pela concepção, participou da supervisão do trabalho, colaborou na redação – esboço original e revisão & edição do artigo. AMM foi responsável pela concepção, administração do projeto, colaborou na redação – esboço original e revisão & edição do artigo. Todos os autores aprovaram a versão final submetida e assumem responsabilidade pública por todos os aspectos do trabalho.
Recebido em
11 de Abril de 2022.
Aceito em
28 de Novembro de 2022.
Fonte de financiamento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Conflitos de interesse: Nenhum