Resumo
INTRODUÇÃO: Conhecer a prevalência e o perfil do absenteísmo por doença permite a análise indireta dos ambientes de trabalho e do processo saúde-doença.
OBJETIVO: Estabelecer a prevalência e o perfil de licenças médicas na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), entre 2012 e 2016.
MÉTODO: Realizou-se um estudo transversal, utilizando-se como variáveis sexo, faixa etária, idade no início do afastamento, cargo, unidade de trabalho, tipo de licença, CID, número de dias de afastamento, número de prorrogações e desfecho. Nas análises, um valor de p=0,05 e o intervalo de confiança de 95% (IC95%) foram sempre considerados.
RESULTADOS: A taxa de acidentes de trabalho foi de 2,30% do total de licenças e a de absenteísmo, de 2,89%. As desordens musculoesqueléticas (21,2%), os transtornos mentais e comportamentais (13,1%) e as causas externas (11,3%) foram as principais causas de afastamento, e os transtornos mentais apresentaram a maior mediana de dias de afastamento (30,00). As mulheres (OR=4,08), os que ocupam cargos técnicos (OR=2,86), os trabalhadores na faixa etária de 25 a 34 anos (OR=2,68) e as unidades de produção (OR=176,30) e hospitalares (OR=34,05) apresentaram as maiores chances de licença.
CONCLUSÕES: Ratifica-se a importância do conhecimento sobre as questões relacionadas ao absenteísmo, de modo que estratégias de manutenção da funcionalidade dos trabalhadores e redução das consequências nas relações saúde-trabalho-doença possam ser encontradas.
Palavras-chave: absenteísmo; licença médica; saúde do trabalhador; setor público.