Resumo
INTRODUÇÃO: A busca por mais produtividade e desempenho no trabalho tem submetido trabalhadores a altos níveis de estresse. As condições de trabalho do professor de educação básica interferem de forma negativa sobre a sua saúde; assim, é importante que todo o contexto que envolve o professor seja estudado a fim de incentivar a promoção de ações de saúde do trabalhador.
OBJETIVOS: Verificar os níveis de estresse e fatores associados em professores de escolas públicas.
MÉTODOS: O estudo foi realizado através de questionários on-line enviados para professores de escolas públicas do Piauí, no ano de 2020, utilizando-se o método bola de neve. Foram investigadas as características sociodemográficas e econômicas, os hábitos de risco (tabagismo, alcoolismo e sedentarismo) e as condições clínicas, antropométricas e de estresse da amostra estudada.
RESULTADOS: Participaram deste estudo 126 professores, dos quais 88,9% eram mulheres, com renda familiar entre três e quatro salários-mínimos (30,2%), que trabalham em dois turnos ou mais (55,6%); 10,3% afirmaram possuir hipertensão, 8,7% disseram sofrer de doenças osteomusculares, 3,2% relataram problemas relacionados à tireoide e 2,4% são diabéticos. Foi encontrada uma diferença de medianas estatisticamente significante entre os níveis de estresse e o sexo feminino (p = 0,002) e problemas de tireoide (p = 0,015).
CONCLUSÕES: Os professores, especialmente as mulheres, sofrem de níveis de estresse expressivos, o que pode afetar diretamente a qualidade de vida, sendo necessário que medidas preventivas de estresse sejam criadas a fim de melhorar a saúde e o rendimento desses profissionais.
Palavras-chave: estresse ocupacional; estresse psicológico; professores escolares.