INTRODUÇÃO: Considerada uma ocupação estressante e arriscada, a profissão de agente penitenciário pode trazer acometimentos à saúde mental dos trabalhadores, tais como o estresse e, de maneira mais crônica, o burnout, que se apresenta através de sintomas físicos, psíquicos, comportamentais e defensivos, podendo prejudicar a qualidade de vida.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil sociodemográfico, os níveis de burnout e a qualidade de vida e suas possíveis correlações em agentes penitenciárias de uma unidade penal feminina.
MÉTODOS: Estudo descritivo transversal realizado em uma unidade penal feminina localizada no município de Aquiraz, no estado do Ceará, através da aplicação de três instrumentos de avaliação: Maslach Burnout Inventory-General Survey, World Health Organization Quality of Life instrument-Abbreviated version e um questionário com informações gerais das participantes.
RESULTADOS: A maioria das agentes penitenciárias era casada ou mantinha união estável, com idade entre 31-40 anos, ensino superior completo ou em andamento e pelo menos um filho. Para a investigação do burnout, a pontuação média foi de 1,9±1,43, indicando que a amostra possuía um nível moderado. Com relação à percepção da qualidade de vida, o domínio ambiental obteve menor escore (57,34%). Foi encontrada ainda correlação entre burnout e qualidade de vida, na qual quanto maiores os valores de burnout, menores os escores de qualidade de vida das agentes penitenciárias.
CONCLUSÕES: Os dados encontrados demonstram que as agentes penitenciárias apresentam risco para desenvolver burnout e isso implica na qualidade de vida, necessitando de ações preventivas em saúde para essas profissionais.
Palavras-chave: esgotamento psicológico; qualidade de vida; saúde do trabalhador; penitenciária.