INTRODUÇÃO: A lombalgia é um sintoma comum entre a população geral e entre trabalhadores braçais, contribuindo para altas taxas de absenteísmo e queda na qualidade de vida geral.
OBJETIVOS: Verificar a prevalência de lombalgia no trabalhador portuário de Santos, sua influência na qualidade de vida geral, a prática de atividades físicas e a taxa de absenteísmo associada.
MÉTODOS: Trabalho transversal, tipo prevalência, com coleta prospectiva de dados.
RESULTADOS: Foram entrevistados 82 trabalhadores portuários, sendo 97,6% do sexo masculino, com idade média de 42,9 anos. Etnicamente, 37,8% se consideraram pardos. A maioria possuía ensino médio completo. Entre as ocupações mais comuns, a estiva foi a mais relatada, sendo ainda frequentes capatazia, conferente de carga, entre outros. A carga de trabalho de 44 horas semanais, em esquema diarista, foi a mais frequente (31,3%); e mais de 85% dos trabalhadores referiram não fazer hora extra. A maioria não ganhava por produção. O registro em regime, conforme a Consolidação das Leis do Trabalho, foi de 70,7%, e a filiação ao sindicato da categoria, foi de 64,6%. O tempo médio de trabalho no porto foi de 11,9 anos (desvio padrão ± 12,5). Foi registrada queixa de lombalgia ocupacional em 17% dos entrevistados, levando a 19,7% de absenteísmo. A prática de esporte auxiliou na melhor sensação de vitalidade para desempenho do trabalho.
CONCLUSÕES: A prevalência de lombalgia entre os entrevistados foi de 17%, não influenciando na qualidade de vida, com 19,7% de absenteísmo. A prática de atividades físicas foi comum entre os entrevistados.
Palavras-chave: dor lombar; saúde do trabalhador; qualidade de vida.