A exposição ocupacional é uma importante forma de transmissão do coronavírus entre profissionais da saúde. Assim, objetivou-se revisar a literatura acerca do perfil clínico e epidemiológico dos profissionais de saúde infectados pela COVID-19. Realizou-se uma revisão integrativa nas bases LILACS, Medline e PubMed, com os descritores medical workers, health care workers, health care personnel, healthcare professionals combinados com COVID-19, SARS-CoV-2, 2019-nCoV, n-CoV e coronavírus, utilizando os operadores booleanos “AND” e “OR”. Encontrou-se 710 produções. Dessas, incluíram-se 18, somando 2.208 profissionais de saúde infectados, de oito países. Observou-se que 67,4% (n = 1.489) dos profissionais eram mulheres, e 39,4% da população dos 15 estudos (n = 811) eram enfermeiros. Entre as sete publicações (n = 553) que abordavam a gravidade, o maior percentual foi de casos leves/comum (47,3% dos casos; n = 213). Entre as comorbidades associadas, destacaram-se a enxaqueca (9,6%, n = 87 de 906), hipertensão arterial sistêmica (5,5%, n = 78 de 1.427) e doença pulmonar obstrutiva crônica (3,7%, n = 52 de 1.399). Os principais sintomas foram tosse (34,3%, n = 597 de 1.740), dor de cabeça (36,8%, n = 582 de 1.583) e mialgia (31,6%, n = 544 de 1.720). Os achados radiológicos mais comuns foram envolvimento bilateral (34,5%, n = 139 de 403), opacidade em vidro fosco (49%, n = 101 de 206) e pneumonia bilateral (77,4%, n = 65 de 84). O estudo identificou que os profissionais de saúde mais afetados são do sexo feminino, profissionais da enfermagem, que apresentam tosse como principal sintoma e enxaqueca como comorbidade mais frequente. Como limitação, houve a amostra reduzida. Evidencia-se a necessidade de mais estudos que envolvam tais profissionais.
Palavras-chave: COVID-19; profissionais de saúde; epidemiologia; SARS-CoV-2.