INTRODUÇÃO: O absenteísmo-doença tem sido considerado um fenômeno complexo e de etiologia múltipla, incluindo fatores relacionados tanto ao ambiente e à organização do trabalho quanto a fatores individuais. No entanto, ele tem sido estudado em grupos ocupacionais restritos.
OBJETIVOS: Analisar o perfil de absenteísmo-doença em trabalhadores de uma prestadora de serviços na área da saúde em Cuiabá, no estado de Mato Grosso, em 2015 e 2016.
MÉTODOS: Estudo transversal, com trabalhadores presentes na folha de pagamento da empresa de 01/01/2015 a 31/12/2016, com atestado médico homologado pelo médico do trabalho para justificar a ausência ao trabalho. Foram analisadas as seguintes variáveis: capítulo da doença, sexo, idade, faixa etária, número de atestados, dias de afastamento, seção de exercício das atividades laborais, função exercida no momento do afastamento e indicadores relacionados ao absenteísmo.
RESULTADOS: Foram registrados 3.813 atestados médicos, abrangendo 45,4% dos trabalhadores da empresa. A média de atestados foi de 4,0, que gerou, em média, 18,9 dias de afastamento. Os maiores percentuais de absenteísmo-doença foram encontrados nas mulheres, naqueles com doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo, nas seções do Pronto Atendimento e nas funções de agentes de atendimento e analistas. Considerando os maiores tempos de afastamento, esses foram identificados nos mais velhos, naqueles com doenças do aparelho circulatório, na seção de administração e na função de motoboy.
CONCLUSÕES: Identificou-se percentual considerável de absenteísmo-doença na empresa, sendo necessário que os gestores invistam em estratégias para adequação do ambiente de trabalho.
Palavras-chave: absenteísmo; doenças profissionais; saúde do trabalhador; pessoal de saúde.