CONTEXTO: Mais de 50% das mortes ocorrem em razão de doenças ligadas ao estresse. O alto nível de estresse, principalmente nos profissionais de saúde e de educação, pode culminar na síndrome de burnout (SB), caracterizada por apresentar três dimensões: exaustão emocional (ou esgotamento), despersonalização (ou cinismo) e baixa realização pessoal.
OBJETIVO: Analisar a prevalência da SB nos professores médicos do 1º ao 4º ano do curso de Medicina da Universidade do Estado do Pará (Uepa), durante o ano de 2011.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo prospectivo, com abordagem quantitativa, realizado através de questionários aplicados a médicos docentes, respeitando às normas éticas da Resolução CNS nº 196/96 e autorização dos participantes do estudo, por meio do termo de consentimento livre e esclarecido. O questionário continha perguntas acerca do perfil ocupacional dos sujeitos da pesquisa e dados sociodemográficos, acompanhados do Maslach Burnout Inventory (MBI), questionário utilizado para o diagnóstico da referida síndrome.
RESULTADOS: A média total de idade dos participantes foi 50,55 anos e tempo médio de profissão de 25,96 anos. Metade dos professores médicos apresentou a SB, dentre os quais 58,3% pertenciam ao sexo feminino. A dimensão que demonstrou ter os níveis mais altos entre os pesquisados foi a despersonalização.
CONCLUSÕES: Por meio da análise dos dados obtidos, a prevalência da SB nos professores médicos do 1º ao 4º ano da Uepa, em 2011, foi bastante elevada, visto que 50% dos pesquisados possuem a síndrome, quando o ideal seria sua inexistência.
Palavras-chave: esgotamento profissional; médicos; docentes.