CONTEXTO: Sabe-se que as doenças ocupacionais não prejudicam apenas a produtividade, por meio da diminuição da capacidade para o trabalho, mas também todos os aspectos relacionados à qualidade de vida do funcionário. Assim, a manutenção da capacidade para o trabalho relaciona-se com o estado de saúde para execução das atividades laborais. Essas, quando bem desenvolvidas, geram desfechos positivos para as organizações e os trabalhadores.
OBJETIVO: Avaliar a relação entre qualidade de vida e capacidade de trabalho em servidores do Poder Judiciário.
MÉTODOS: Estudo observacional de corte transversal. Constituída por 88 servidores públicos do Poder Judiciário, de ambos os sexos, aleatorizados. Realizado no Tribunal de Justiça de Pernambuco, cidade do Recife. A coleta de dados ocorreu por meio de questionários, sobre o índice de capacidade para o trabalho, qualidade de vida e variáveis sociodemográficas. Para análise dos dados utilizou-se a correlação de Pearson.
RESULTADOS: 90,9% dos trabalhadores apresentaram uma renda de 5 ou mais salários mínimos, 73,9% trabalhavam até 6 horas por dia e 52,3% realizavam atividade física regular. Os trabalhadores apresentaram maiores correlações para capacidade do trabalho e qualidade de vida em praticantes de atividade física (R=0,60; p<0,001) e com menores horas de trabalho (R=0,61; p<0,001). Quanto ao sexo, ambos, feminino (R=0,62; p<0,001) e masculino (R=0,40; p<0,010), demonstraram relação moderada e significativa com qualidade de vida.
CONCLUSÃO: A população de trabalhadores do Poder Judiciário do presente estudo apresentou correlação positiva quanto à capacidade para o trabalho e qualidade de vida geral, bem como nos domínios físico, social, psicológico e ambiental.
Palavras-chave: qualidade de vida; avaliação da capacidade de trabalho; saúde do trabalhador; poder judiciário.