INTRODUÇÃO: No âmbito ocupacional, o estresse é responsável por impacto socioeconômico para empregadores, empregados e Estado, incluindo nessas despesas tratamentos médicos, licenças de trabalho, aposentadorias por invalidez e quedas na produtividade.
OBJETIVO: A pesquisa objetivou investigar os principais fatores que aumentam os níveis de estresse dos docentes da Universidade Federal de Viçosa (UFV).
MÉTODO: Foi aplicado questionário contendo perguntas relacionadas ao Perceived Stress Scale (PSS)-14 e outras relativas a características pessoais e do ambiente de trabalho para uma amostra de 222 docentes da UFV. Como ferramentas de análise, foram aplicadas técnicas de pesquisa quantitativa, como estatística descritiva, teste t para comparação de médias, análise de correlação e regressão linear múltipla.
RESULTADOS: As variáveis com maiores medidas de associação são a execução de atividades durante o fim de semana (R=0,45), a prática de atividade física (R=-0,40), as atividades administrativas e de ensino (R=0,29), a produção cientifica (R=0,18), a ocupação de cargos comissionados (R=0,15) e a atuação na pós-graduação (R=0,14).
CONCLUSÕES: Os docentes acumulam muitas atividades, como ensino, pesquisa, extensão e administração, e o tempo dedicado ao trabalho nunca é suficiente, fazendo com que ele leve atividades para casa e não dedique tempo necessário ao lazer, às atividades físicas e ao convívio familiar, o que aumenta seus níveis de estresse e o risco de doenças. Nesse sentido, sugere-se que sejam criadas políticas públicas que organizem a carreira docente e que se preocupem com a incidência de estresse.
Palavras-chave: saúde do trabalhador; estresse ocupacional; docentes.