INTRODUÇÃO: A síndrome metabólica está independentemente associada ao diabetes mellitus tipo 2 e às doenças cardiovasculares.
OBJETIVO: Identificar a frequência dos componentes da síndrome metabólica e o perfil de fatores de risco cardiovascular em servidoras de uma instituição particular de ensino do Distrito Federal.
MÉTODOS: Estudo transversal com 120 mulheres com idade entre 20 e 59 anos, que atuavam no setor administrativo e terceirizado da instituição. Foi aplicado um questionário com dados demográficos, socioeconômicos, antropométricos e estilo de vida. Verificamos também as medidas da pressão arterial sistólica e diastólica e exames bioquímicos.
RESULTADOS: Participaram do estudo 120 funcionárias, entre 31 e 40 anos (47,5%), e 74 (61,7%) referiram ser da cor parda. Em relação ao estilo de vida, 73,3% foram classificadas como insuficientemente ativas; 81,7% não fumavam e 65% afirmaram ingerir álcool 3 vezes por semana. De acordo com os dados antropométricos, 40% apresentavam circunferência abdominal elevada, e 43,3%, excesso de peso. Sobre os dados bioquímicos, 26,7% estavam com a glicemia elevada; 56,7%, com taxa de triglicerídeos elevada; 61,7%, com HDL-colesterol baixo. Em relação aos dados pressóricos, 10,1% apresentaram níveis pressóricos limítrofes. Houve associação das variáveis socioeconômicas e de estilo de vida com a quantidade de componentes da síndrome metabólica, a faixa etária e atividade física (p<0,05).
CONCLUSÃO: As participantes apresentaram elevados componentes para síndrome metabólica e fatores de risco cardiovascular. Assim, é imprescindível a implementação de políticas públicas para a promoção, a proteção e o apoio às trabalhadoras, que, em médio e em longo prazo, proporcione melhores condições de trabalho e de vida.
Palavras-chave: saúde do trabalhador; fatores de risco; síndrome metabólica.